sexta-feira, 31 de maio de 2013

[Vídeo] No Programa do Ratinho, pastor Silas Malafaia fala sobre ativismo gay, liberdade de expressão e prisão de Marcos Pereira: “Lei é lei pra qualquer um”; Assista

A entrevista concedida por Silas Malafaia ao Programa do Ratinho foi transmitida ontem pelo SBT, e diversos temas foram abordados. Como de costume, o pastor foi questionado sobre homossexualidade, ativismo gay, aborto, política, dízimo e outras questões teológicas, além de opinar sobre o caso do pastor Marcos Pereira.
Silas Malafaia falou ainda sobre a manifestação que está sendo organizada para expressar o posicionamento do segmento evangélico a respeito de questões sociais. De acordo com o pastor, no próximo dia 05 de junho, haverão mais de 100 mil pessoas em Brasília, e o ato só será superado pela manifestação conhecida como Diretas Já, realizada em 1984 na Praça da Sé em São Paulo pela redemocratização do país e direito ao voto direto.
Questionado sobre sua postura contra a homossexualidade, Malafaia ressaltou que discordar é um direito: “O que as pessoas tem que entender é o seguinte: ser contra um comportamento não significa discriminar pessoas”, e frisou que seu empenho é contra os ativistas gays, que defendem o conceito de que o Brasil é um país homofóbico.
Uma pergunta feita por telespectadores do programa sobre uma colocação do papa Francisco, que entende ser a homossexualidade fruto de uma ação demoníaca, foi respondida por Malafaia de forma a concordar com o líder da Igreja Católica: “Ele tá calcado na Bíblia Sagrada [...] O diabo quer destruir a família”.
Novamente, o pastor reforçou sua postura a respeito da homossexualidade, dizendo ser um “comportamento adquirido”. Malafaia frisou que não considera a prática uma doença, mas também pontuou que não há provas de que um ser humano nasça homossexual.
A respeito da resolução emitida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) obrigando aos cartórios a registrarem o casamento entre pessoas do mesmo sexo, o pastor da Assembleia de Deus Vitória em Cristo novamente criticou a “canetada” do órgão, dizendo que essa decisão “extrapolou” as funções do Conselho. “Dogmas sociais são decididos por plebiscito ou pelo Congresso”.
prisão de Marcos Pereira, pastor da Assembleia de Deus dos Últimos Dias (ADUD), sob acusação de estupro foi tratada de forma objetiva por Silas Malafaia: “Lei é lei e é pra qualquer um. Seja pastor, ou qualquer um. Se ele cometeu isso que estão dizendo, chumbo grosso, cadeia pra ele porque não tem conversa. Isso aqui é inegociável. Pastor, ao contrário… Quanto mais você trabalha com pessoas, você representa grupos sociais, maior é a sua responsabilidade”.
Malafaia também comentou questões de cunho doutrinário, como a orientação para que solteiros não pratiquem sexo antes do casamento, e também sobre o tendência de igrejas adotarem máquinas de cartão de crédito e débito para recolherem ofertas e dízimos. De acordo com o pastor, cartões são “dinheiro plástico”, e muitos fiéis preferem contribuir dessa forma, pela praticidade.
Sobre o dízimo especificamente, o pastor foi questionado se considera correto que pessoas de baixa renda contribuam. Malafaia respondeu dizendo que os dízimos e ofertas são dados por quem se sente à vontade para doar, e disse também entender que as pessoas que não fazem parte de nenhuma igreja evangélica não deveriam opinar a respeito do tema.
A liberdade de expressão, um dos temas que serão abordados durante a manifestação em Brasília, no próximo dia 05 de junho, foi defendida pelo pastor Malafaia, que criticou as indicações do governo de tentar impor um controle sobre a mídia, que avalie seu conteúdo e defina o que pode ou não ser veiculado.
A respeito do aborto, novamente o pastor se colocou totalmente contra, dizendo que o feto não é um prolongamento do corpo feminino. Citando informações a respeito da gestação, Malafaia afirmou que a mulher é uma hospedeira, e que o bebê é quem regula as atividades biológicas, e que por isso, a mãe não pode decidir a respeito da vida ou morte dele.
Comentando o recente tumulto por causa de boatos a respeito do fim do programa Bolsa Família, Malafaia disse ser a favor do programa até certo ponto: “O que faz a riqueza de uma nação é o trabalho. Nós precisamos dar trabalho, não sustentar vagabundo em casa”, esbravejou. O pastor ainda complementou dizendo que programas sociais como o Bolsa Família não são uma invenção do governo do PT, e sim, do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB): “A verdade tem que ser dita. Discordo de muita coisa de Fernando Henrique, mas quem inventou esse programa foi ele”.
Assista a íntegra do programa:



Por Tiago Chagas, para o Gospel+
Extraído do Gospel Mais

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